Na manhã de um domingo de janeiro de 2013, o Brasil acordou em choque. Um incêndio havia matado 242 jovens que estavam na Boate Kiss, em Santa Maria. A tragédia daquele fogo continua destruindo pela incapacidade do sistema de justiça de dar uma resposta aos familiares, pela forma como a sociedade local tentou abafar a história, ou ainda, pela mutilação física e psicológica dos sobreviventes. Ricardo Ravanello mostra em retratos algumas histórias que sintetizam o rastro de destruição deixado pela tragédia na Kiss na cidade onde nasceu e vive.
Trabalho vencedor da categoria Portfólio da Convocatória do FestFot0 2023 na Fundação Iberê Camargo.
Legenda da foto: Renata Ravanello – Muitos sobreviventes custeiam por conta própria os medicamentos e tratamentos de saúde. Em vários casos eles precisam conquistar na justiça o auxílio financeiro que deveria ser garantido de forma gratuita.
Ambrótipos (placa úmida de colódio sobre vidro). Os originais em vidro foram digitalizados para impressão das cópias em papel.